quarta-feira, janeiro 19, 2000

Saudades de escrever coisas bonitas
Dizer ao pé do ouvido outras jamais ditas
Encontrar reação além do esperado
E a certeza do olhar interminado

Saudades do não na hora singela
Do sábado em casa tocando pra ela
Descobrir tarde demais que estava errado
E de um simples estar apaixonado

Não saudades do tempo mas sim do estado
Do sentimento e quem sabe da dor
Do que ainda está a vir e não do acabado

Saudades da vida com outro fulgor
Do sorriso então no espelho encontrado
Saudades não dela mas sim do amor

* Escrito em 2000, no Mauá. Cara, é muito engraçado que reencontrei esse soneto esses dias e descobri que ele foi escrito pros dias de hoje (inicio de 2005)! Bah, não tinha vivido nada disso qdo escrevi, mas hoje encaixa perfeito