Me atormente
Não me atormenta
Se a rua é violenta
E se uma cadela sarnenta
Me espera pra jantar
Pego meu traje de inverno
Gabardine longo e terno
Pra com a pequena pulguenta
Me sentir bem e tomar chá
Meu desespero
Não é sentir o cheiro
De banheiro no bueiro
E procurar um escoteiro
Para a rua atravessar
E se você espera
Vir a me incomodar
Com a vista enauseante
De um cadáver a sangrar
Me atormente
Mas me atormente com uma conversa decente!
Que me faça pensar
Me atormente
Mas não com dor de dente
Me atormente e me faça mudar
* Escrito em 17 de Julho de 2001. Depois de uma passagem pelo Bora-Bora.
Se a rua é violenta
E se uma cadela sarnenta
Me espera pra jantar
Pego meu traje de inverno
Gabardine longo e terno
Pra com a pequena pulguenta
Me sentir bem e tomar chá
Meu desespero
Não é sentir o cheiro
De banheiro no bueiro
E procurar um escoteiro
Para a rua atravessar
E se você espera
Vir a me incomodar
Com a vista enauseante
De um cadáver a sangrar
Me atormente
Mas me atormente com uma conversa decente!
Que me faça pensar
Me atormente
Mas não com dor de dente
Me atormente e me faça mudar
* Escrito em 17 de Julho de 2001. Depois de uma passagem pelo Bora-Bora.
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