quinta-feira, janeiro 19, 1995

Rima

Quando escrevemos uma poesia
Pode ser na 2ª linha
Na de embaixo ou na de cima
Sempre há algum lugar, a mais bela rima.

É, a rima
A rima do verso.
As veses rimamos palavras do mesmo tipo
E as veses,
do inverso

Também a a prosa
Mas eu, prefiro o verso
A prosa rima com rosa,
E há muitas rosas no universo

Assim eu vou rimando,
Rimando sem parar.
E minha vida vai andando
Sem saber a que ponto chegará.

* Escrito, pela caligrafia original, em 1995.

Casa de Loucos

Sentados a bordo de uma mesa
Nove, não são poucos
Falando coisas absurdas,
Na verdade eles são loucos

Pela casa,
Ilustrações sem sentido
Os outros falam,
Mas eles não dão ouvidos

Nos quartos,
Uma única cama estreita
Costumam dormir muito,
Mas, na verdade, nenhum se deita

Na sala,
Eles continuam a conversar
No seu eterno mundo de ilusão,
Nunca sobre a realidade irão falar

Na varanda,
Uma sala vazia
Nada lá existe
Apenas fantasia

Na cozinha,
Mulheres cozinhando um estrupício
Não sei se você sabe,
Mas você está no hospício

* Daniel de Souza Weinmann e Diogo de Oliveira Biazus
Escrito em 1995, em uma aula de português da professora Nice (para entregar, hein!)