sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Se me molho todo nessa água toda
Gota a gota a me lamber e me secar
É pra ver quão teu meu corpo é
A carne, o sonho, o pau, a face

Teu cheiro de terra me dá ganas de raiz
De sol, de bicho, de força bruta
Tua boca aberta, o sorriso sacana
Na cama, sozinho, te sonho regar

Uma gota por vez, de uma chuva mansa
Foi alma tatuando alma discreto em par
Dos céus pro chão, do chão pro céu
E já não saem, e são fáceis pra nós

Te desejo tranqüilo, com espaço pro mundo
E te penetro fundo, te fazendo gozar
O tempo longe como se perto
O peito aberto sem uma ferida: a vida

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Tarde demais

É tarde demais!
O sol ofuscando de preguiça e chamando nosso nome e dizendo que é tarde demais.