quinta-feira, junho 23, 2005

Primeiro vi teu braço se curvando
Tatuagens descobrindo meu olhar
Segundo tua cintura, segura,
Recebendo minha mão

180° e teu pescoço é meu
Fios de tensão em tua nuca
Me chocam de beleza/surpresa
Quase choro ou peço perdão

Encontro meios de encontrar teus seios
Me contorcendo de controle mais nenhum
E só aí beijo a boca até então muda
E a resposta da pergunta que eu não fiz

Acordo contigo do lado
Ainda um muito anestesiado
E num repente tão estranho
Me pego pensando no amanhã...

sábado, junho 18, 2005

Vejo o sorriso dos que vivem pro que são
Espelhos de almas tranquilas
Lentamente apreciam bebidas que cantam
Hora-a-hora, noite-a-noite, noite-a-dentro
Ou quem sabe não é o ontem que ficou
Sem saber que já se foi?

Beliscam acordes, chocalhos, tamborins
Ouvem quando chega a aurora, só pode!
E eu como se ao pé da mesa, olho
Mudo de um medo criança entre os grandes
Invento uma história pra mim
Onde os protagonistas são sorrisos
Sorrisos de cansaço-satisfação

quinta-feira, junho 16, 2005

Sem

Semáforos se abrem ao longe
   Sempre tento alcançá-los
      Sem saber que não preciso...
Semanas passam depressa-correndo
   Sempre tento ultrapassá-las
      Sem saber que não preciso...
Semestres voam como anos
   Sempre penso planejá-los
      Sem saber que é possível viver...
Sem

domingo, junho 12, 2005

Quero sumir com aquilo que sei
E amassar o jardim que te escrevi
Que se foda se contigo sonhei
Mas não dá: tu já rasgou o que no fim só eu vivi

* 6/jun/2005, na aula de contabilidade, quando caíram várias fichas...coisas de tempos atrás...foda!

sábado, junho 04, 2005

Seletiva

Não sei o que tu falou
Ainda ontem, quando a sós
Mas lembro do som que tocou
Em que tom, e o gosto da tua voz

Me esqueci de todos os fatos
Lembro sequer a ordem dos atos
Mas acho que poderia te mostrar tudo
Como uma trilha de filme mudo