domingo, abril 29, 2007

exterior interior

Quando a alça dessa blusa voltar
Do exterior, do interior, dum sono leve
Vou saber que o fogo que te voou
Ainda queima e sempre vai te levar

Quando alguém dormir semi-sorrindo
Vou lembrar de ti, meio dormindo
Costas à mostra, a mão no peito
Tentando prender o incapturável

Quando meu sono virar teu
Tu vai enxergar por olhos molhados
E, apesar de embaçada, a visão contemplada
Vai te encher os olhos meus

Quando daqui há um ano ou dois
Essa alça voltar e trouxer uma mulher mudada
Tenho certeza que ainda vou ser capaz
De ver o interior que exterior algum transforma

E tu vai dormir teu sorriso parcial
E eu vou assistir e sorrir por completo

domingo, abril 08, 2007

Cumple

Irmão, se não de sangue,
De perguntarem por aí,
Quero que tu vá em frente
Quero que seja feliz

Não te quero equilibrado
Tampouco na corda bamba
No te quiero tan loco
Só um pouco; ou um muito. Mas bem

Não te prende aos falsos motivos
Não saboreia tanto o desgosto
E não falseia os versos sinceros

Sim, te joga de cara e levanta
Levanta! E anda com gosto
Pelos anos e histórias por vir

quinta-feira, abril 05, 2007

H

Ando com o código penal debaixo dum braço
Do outro, um buquê de rosas pra dar
Qualquer dia posso precisar
Qualquer dia posso te roubar